quarta-feira, 24 de junho de 2009

Vontades

Vontade de acordar,
Ao acordar sinto vontade de me deitar.

Vontade de comer,
Comida na mesa já não sei o que querer.

Vontade de sair para caminhar,
Ao levantar sinto minha alma desanimar.

Rever amigos,
Conversar sobre nossas fútilidades,
Falsos desejos de felicidades.

Ondas sonoras agonizantes,
Ondas de sonhos quebradas a minha frente.

Perdendo-se em meio ao mar revolto,
Mar acariciado com fortes ventos.

Vontade de pensar,
Pensamentos revoltam a alma,
Tiram a nossa calma.

Passos lentos,
Mais lentos a cada dia,
Paralisando-se com o tempo.

Concreto endurecendo,
Madeira aprodrecendo,
Mente enfraquecendo.

Vontades, futilidades, adversidades,
Lamentamos quando sonhamos pela metade.

Par de olhos para enxergar um único momento,
Duas mãos sendo atadas com o tempo,
Dois pés que já caminham a passos lentos,
Corrosão oxigenado por sonhos que levam ao tormento.

Trabalhos únicos exigem um par para tudo,
Pares de membros, par de rins, par de pulmões,
Cotrolados por um só cérebro, bombeado por um só coração,
Sinais vitais, sonhos reais, momentos únicos que não voltam mais.

A importância mora na pluralidade?
Vontades simples,
Simples vontades!
Vontade de não ter nenhuma vontade.

Wagner Marcelo "W3M"

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