terça-feira, 16 de junho de 2009

Curvando

Tudo se curva,
As flores velhas,
A madeira apodrecida.

O que nos mantém ainda em pé?
Quando estivermos velhos ainda teremos fé?

Situações extremas pesam em nossas costas,
A tristeza se rebela a nossa volta.

O que ainda importa?
Do que ainda você gosta?

Mutação continua,
Aprendemos tão rápido quanto esquecemos,
O que restará a não ser envelhecer.

Quanto tempo para curvar-se?
Para render-se acalentado,
Tentativas inúteis de se manter acordado.

Motivos não faltam para curva-se,
Como uma velha flor,
Feridas ainda abertas,
Que a velhice não apagou,

Lutamos para ser grandes,
Mas ao envelhecer quão pequenos ficamos,
Pequenos no tamanho,
Fragilizados por mais um velho no rebanho.

Orgulho reduzido pela mobilidade violada,
Mortabidade agora bate a nossa porta.

Mais um corpo sem alma,
Mais um nome esquecido,
Viveu, aprendeu e agora eternamente adormecido, morreu!

Wagner Marcelo "W3M"

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