Vivendo à margem,
Margem de papel almaço,
Zumbis perdidos canhando rumo ao fracasso.
Papel almaço em branco,
Vida desintegrada sempre a margem,
Sem vontade de andar, nos roubaram corajem.
Da margem do rio vejo a vida passar,
De dentro da água meus desejos são levados,
Levados com a água que jamais voltará.
Vida a margem de questionamentos,
A margem da revolta que jamais acabaram com o tempo.
A margem da felicidade que esperei com ansiedade,
Que a primeira tinta respingue ao centro,
Que sirva de guia para ultrapassar a linhas, as linhas do tempo.
Intensidade afogada,
A morte chegou antecipada,
Rabiscos indeterminados, escrita inacabada.
A margem da sociedade,
Observando a hipocresia,
Olhos abertos para um mundo de fantasia.
Muitos sempre a margem,
Só caminhando pelo ciclo vicioso da vida,
Traços retangulares que contornam o papel almaço,
Lineares, que jamais cruzarão o centro,
Jamais sentiram o pulsar da vida com verdadeiro encanto.
Wagner Marcelo "w3M"
Que hoje eu passei batom vermelho
Há 11 anos
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